Padre Turner
Este é o lugar onde o seu texto começa. Pode clicar aqui e começar a digitar. Illo inventore veritatis et quasi architecto beatae vitae dicta sunt explicabo.
Entrevista ao Padre Turner
Padre Turner: Não, não em absoluto. Aliás, uma coisa que me chamou à atenção foi a debilidade das objecções feitas acerca da autenticidade de Garabandal, indistintamente elas vieram da parte da primeira comissão ou de outra gente, você sabe, uma vez que toda a classe de pessoas colocou objecções sobre Garabandal. E recordo-me que um dia Jacques Serre contou-me, "Não há aspectos negativos sobre Garabandal." E eu pensei, bem, depois de tudo, tens razão. Porque os aspectos negativos que foram propostos eram inconsistentes, especialmente aqueles que foram apresentados pela primeira comissão.
Aqueles que apresentaram as dúvidas às videntes como aspectos negativos, simplesmente não parecem conhecer que nos casos de Santa Teresa de Ávila, Bernadette de Lourdes e nos videntes de Pontmain, dúvidas do mesmo tipo são bastante numerosas e são quase sempre a regra. O que me surpreendeu em demasiado foi que o trabalho da primeira comissão simplesmente não estava terminado. Don Valentim, que foi pároco de Garabandal, comentou-me que alguém o perguntou se o trabalho da comissão estava terminado. Ele respondeu, "Não está terminado, nem sequer começou."
Pergunta: Por volta de 1970, na altura o bispo de Santander, Monsenhor José Cirarda, através do Secretario de Estado do Vaticano, mandou fazer circular uma carta a todos os bispos da Igreja, o qual sem condenar Garabandal, falava que o movimento não deveria ser difundido. Pelo menos em alguns lugares, essa atitude todavia persiste até hoje. Qual é a posição oficial actual da Igreja sobre Garabandal?
Padre Turner: Para começar, o bispo Cirarda não é a autoridade sobre as aparições de Garabandal ou as mensagens. Durante um tempo foi, no entanto agora já não. Actualmente encontrava-se um bispo cujo nome é Vilaplana a quem recentemente sucedeu o bispo del Val, e ele é a autoridade. E o bispo Vilaplana não actua de uma maneira ou de outra. Ele considera o caso de Garabandal como uma assinatura aberta. Recentemente, recebeu o meu amigo, Ramón Pérez, autor de "Garabandal, o Povo fala", e o disse que se mostrava aberto e que actuaria de acordo ao que a posição da Santa Sé, seja qual seja a decisão. Há um dossier en Roma sobre Garabandal que foi feito por uma comissão de quatro pessoas e definidas pelo bispo del Val, o seu trabalho durou desde 1985 até Setembro de 1991. Este conjunto de documentos que está em Roma está sendo estudado. Disto tenho praticamente tenho a certeza. Não posso dizer-lhe exactamente por que estou tão seguro já que devo ser discreto.
Pergunta: Não é um tanto pouco usual que a Santa Sé esteja a estudar as aparições, uma vez que as mesmas foram investigadas a nível diocesano?
Padre Turner: Sim, não me parece muito comum. No entanto a Santa Sé está somente a verificar o que se disse em Santander. Querem proceder a um nível mais elevado isto porque a difusão destas mensagens haviam alcançado o mundo inteiro. Não é um assunto local como Pontmain. Pontmain nunca passou de ser um assunto local, e poderia dar outros exemplos de aparições que tiveram lugar em França. Foram todas locais excepto no caso de Lourdes.
Lourdes chegou realmente a ser internacional. Está sendo mais internacional este ano, 1992, como nunca aconteceu. Assim, nestas circunstâncias, quando elas se tornam certamente internacional, a Santa Sé sente que deve intervir. Tudo isto faz-se na completa discrição.
"Desde a minha janela observava o crescimento de um grupo de árvores e perguntava a mim mesmo, quem seria o causador de crescimento, quem move todos os processos físicos e químicos, quem è a última causa? Haveria algum Ser ou Pessoa que o fizesse? Se assim fosse, Ele podia ouvir as minhas orações e súplicas. "
"Esta era a oração do incrédulo que buscava a verdade. Pedi a essa pessoa que, se existisse realmente, me escutasse. E essa Pessoa escutou-me. Invadiu-me uma profunda Paz e toda a minha pessoa sentia a Sua presença. Deus estava a manifestar-se em mim. Comecei a minha instrução religiosa católica, e um ano depois, enquanto andava por uma rua contigua à mia casa em Paris, senti a presença de Nosso Senhor Jesus Cristo que me dizia com toda a claridade:
- Vem, segue-me.
Estas palavras as ouvi no meu interior. Ouviam-se com muita mais perfeição que com os ouvidos e a chamada era clara. Não disse nada a ninguém, excepto a um sacerdote jesuíta. Para mim isso foi uma clara chamada ao Sacerdócio.Com este sentimento fiz os meus estudos, terminei o bacharelato e estudei física por dois anos em Harvard até que fui chamado ao exército durante a II guerra mundial. Finalizada a guerra, entrei na Ordem Dominicana e fui ordenado sacerdote en 1946. Robert Turner agora chamava-se pelo seu nome de religião, o P. François Turner. Tive vários destinos: missionário no Iraque, Capelão de grupos de jovens, de grupos de estudos Bíblicos e de imigrantes espanhóis. Em 1966, enquanto passava uns dias no seminário de Tarragona, sucedeu que, enquanto tomava o pequeno-almoço com um grupo de professores, chamou-me a atenção um folheto sobre as Aparições de Garabandal. Não me passava pela cabeça que ao ter conhecimento daqueles acontecimentos, os mesmos me levariam a viver a mais linda história da minha vida."
O Padre Turner não acreditou imediatamente nas Aparições de Garabandal. Depois de um encontro com o Padre Materne Laffineur, pioneiro na difusão das Aparições e das mensagens de Garabandal em França, leu o seu livro "A Estrela na montanha". No entanto, isso tudo não foi suficiente. Tão portentosos sucessos requeriam um maior estudo. Quanto mais o estudava mais acreditava. Os estudos iniciais de sustentação da verdade eram apoiados em apenas alguns critérios. Mais tarde os mesmos estenderam-se até vinte e quatro critérios inequívocos sobre a verdade das Aparições de Garabandal.
Durante esse tempo, ele passou várias semanas na Biblioteca de Poitiers, estudando os "maestros del espíritu". Disse o Padre Turner:
"Estudei aos melhores mestres, os antigos especialistas, em temas como aparições, revelações e vivências místicas e apliquei todos os seus critérios às Aparições de Garabandal. A conclusão foi que os acontecimentos de Garabandal eram autênticos e de Origem Divina."
Em 1978, dedicou um tempo de Apostolado sobre as Aparições em colaboração com Padre Combe, e o seu convencimento já era absoluto. Colaborou com o Padre Combe na organização do primeiro Congresso Internacional sobre as Aparições de Garabandal que teve lugar em Lourdes en 1978. Assistiram mais de 200 delegados de 26 países dos cinco continentes. Na tradução simultânea a três idiomas, francês, inglês, e espanhol, o Padre Turner foi um dos tradutores.
Escreveu um importante livro sobre as Aparições: "Filhos, escutem-me", segundo o texto dos Provérbios, aludindo à petição da Santísima Virgem em Garabandal, sobre a urgência em fazer cumprir as Suas mensagens. Escreveu artigos em revistas, traduziu para francês o filme de Dick Everson sobre Garabandal e deu numerosas conferências. Se se pretendesse obter uma profunda reflexão teológica sobre os acontecimentos de Garabandal, ele era uma dos teólogos consultados.
O seu livro esteve na mesa de trabalho do Cardeal Ratzinger, actualmente Papa Bento XVI, quem acerca destas leituras e de outros livros e informações da Sagrada Congregação, considerou as Aparições de Garabandal de máxima importância para o futuro da Igreja.
O Padre Turner solucionava as controvérsias pela via mais pacífica de meditação, na PAZ da Oração: "não se pode compreender as coisas de Deus sem escutar Deus".
Desde 1976 foi amigo do Bispo de Santander Don Juan Antonio del Val Gallo, com quem se reunia todos os años. Foi Dominicano durante 53 anos e sacerdote durante 49, até ao seu descanso no Senhor, na casa das irmãs dos pobres en Tours, a 30 de Julho de 1995, e seus dois últimos anos en Bloise, na residência donde anteriormente havía sido capelão por muitos anos.
As dificuldades para extender a Mensagem de Garabandal foram muito grandes até ao ano de 1969. O seu colaborador Padre Combe falou sobre as dificuldades em propagar a mensagem:
"-Certamente, especialmente ao princípio. Artigos desagradáveis e ásperos apareciam contra os pequenos encontros que fazíamos aqui e acolá para divulgar as notícias e as mensagens. A oposição por parte do Clero era clara em relação a isso. Este foi o período heróico. Um dia tive a ideia de realizar um dossier confidencial que seria enviado a todos os bispos. O Padre Laffineur e eu trabalhamos nessa informação e os bispos receberam-na. Isso foi em finais de 1969. De aí em diante tivemos uma paz perfeita, ao menos mais liberdade."
Um dos autores que mais conhece sobre isto, porque o viveu pessoalmente, é o conhecido escritor D. Francisco Sánchez-Ventura e Pascual, com o seu primeiro livro "As Aparições não são um mito". Quase todos os peregrinos daqueles primeiros anos em Espanha e do estrangeiro, conheciam o livro de Sánchez Ventura e do P. Laffineur.