Meditação do Evangelho - 2º Domingo do Advento e reflexão sobre a mensagem de Garabandal - Pe. Viana
Viver Garabandal: a conversão!
2º Domingo do advento, ano "A"
Louvor a Deus +
Queridos irmãos, tudo bem?
Na Liturgia desse segundo domingo do Advento, Nosso Senhor nos coloca diante do tema da "conversão".
No Evangelho, São João Batista nos diz: "Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo" (cf. Mt.3,2); a conversão é uma nova oportunidade que o Bom Deus nos dá, de O recebermos de uma maneira nova e mais generosa, em nossa vida.
No chamado à conversão, está a expressão concreta da Misericórdia de Deus, que nunca desiste de nós e que, agora, está nos dando uma nova oportunidade: a oportunidade de recomeçar!
Em Garabandal acontece a mesma coisa. Em suas mensagens, Nossa Senhora se apresenta como "Nossa Mãe"; ela diz: "Eu, vossa Mãe" e, como Mãe Misericordiosa, ela vem da parte de Deus, nos dar uma nova chance, nos dar uma nova oportunidade e, por isso, nos chama à "conversão". Mas, o que "Nossa Mãe" nos pede?
De um modo geral, quando a Santíssima Virgem Maria nos pede "conversão", ela está pedindo o seguinte: que assumamos um sério caminho de "retificação", ou seja, um processo interior de retificar, de tornar reto, exato, alinhado, correto todo o nosso ser existir, diante de Deus e diante dos homens; e isso, um pouco a cada dia, porque este é o nosso trabalho constante, se de verdade queremos nos tornar santos, conforme é a vontade de Deus. Se há alguém que tem que mudar na igreja, somos "nós". Infelizmente, não podemos escolher pelo outro, mas podemos iniciar esse processo de conversão a partir de nós.
Agora, é verdade que essa "conversão" não se dará de forma mágica, afinal, o Deus que nos criou "sem nós", não quer nos salvar "sem nós"; ou seja, para nos criar, Deus não precisou da nossa cooperação; mas, para nos salvar, Ele quer contar com a nossa correspondência e com o nosso esforço amoroso de cada dia.
É por isso que, em Garabandal, "Nossa Mãe" diz: "temos de fazer muitos sacrifícios, muita penitência" (Mensagem, 18/10/1961); caso contrário, continuaremos do mesmo jeito. É bom lembrar que o fim último dos sacrifícios e das penitências, propostos por "Nossa Mãe", em Garabandal, têm como objetivo a nossa reorientação radical para Deus, para Sua Vontade; é, sem dúvida, a nossa conversão para Deus, de todo o nosso coração, a ruptura com o pecado, a aversão ao mal e repugnância às más obras (Catecismo, 1431).
Há, no Evangelho, um ponto que me chama a atenção: os fariseus e saduceus, pareciam estar certos de que seriam salvos, "só porque eram filhos de Abraão" (cf. Mt. 3,9); em nossos dias, pode acontecer o mesmo: alguém pode pensar que, só porque está na igreja, será salvo; alguém pode pensar que, porque Deus nos ama, a salvação está garantida. Eis uma grande ilusão! Se não existir conversão, se não fizermos sacrifícios e não fizermos penitências, como nos pede "Nossa Mãe", não haverá salvação!; e, como Ela disse: "se não o fizermos, virá um castigo" (Mensagem, 18/10/1961)
É por isso que, especialmente em Garabandal, "Nossa Mãe" tem pressa, porque ela sabe que "o machado já está na raiz das árvores, e que toda árvore que não der bom fruto será cortada e jogada no fogo" (cf. Mt. 3,10), como nos recorda São João Batista, no Evangelho; é por isso que, em sua primeira mensagem, ela disse: "mas, primeiro, devemos ser muito bons" (Mensagem, 18/10/1961).
O que significa "ser muito bons?"; na prática, é sermos como Cristo e, na segunda leitura de hoje, São Paulo nos dá algumas dicas, ao nos fazer entender alguns elementos concretos dessa "bondade" à qual somos chamados: viver em comunhão, com esperança e confiança; exercitar a acolhida entre os irmãos; nos colocarmos à serviço de todos e, por fim, glorificar e louvar a Deus, por meio de uma autêntica vida de oração (cf. Rm 15, 4-9). É claro que, nada sem a Graça de Deus, caso contrário, nunca conseguiremos nos converter.
Sendo assim, que essa pequena meditação possa guiar nossos passos em direção ao Senhor. Ele vem ao nosso encontro, e precisamos corresponder à Sua iniciativa. Ouçamos a voz de "Nossa Mãe" e vivamos Garabandal!
Que o Bom Deus abençoe a todos!
Com afeto e orações,
Pe. Viana ,Tatuí, S. Paulo
Colaborador com o Apostolado de Garabandal em língua portuguesa